quarta-feira, janeiro 19, 2005

algumas notas de meio da semana...

- 1ª contratação na luz. André Luiz vem para reforçar um sector onde o Benfica já é forte. Se for melhor do que os que estão ou venha substituir alguma saída a curto (já em janeiro, ricardo rocha ou luisão) ou médio prazo (luisão em junho) parece-me bem uma vez que é a custo zero. Acertadíssimo pareceu-me o timing, apenas após a saída de Argel, não prejudicando assim o Ica em termos financeiros/negociais. Ainda de bom tom as declarações na apresentação, em que se disse elogiado pelo interesse do Porto (entre outros) no seu concurso, não entrando em falsos "amores desde pequenino" pelo Benfica. Profissional. De qualquer forma não era, de longe, uma necessidade premente.

- Uma nota que ficou por fazer na análise semanal. O Sporting jogou de início, contra o Nacional, com seis jogadores da sua cantera (M. Garcia, Beto, Paíto, Custódio, C. Martins e Hugo Viana). De louvar! Nem interessa o resultado! A longo prazo, é sempre uma estratégia ganhadora!

- Consideração final sobre a febre do petróleo que invade o futebol. Depois da febre das Televisões, do Marketing, da Net e das SAD's, a 1ª década do século vai ficar marcada pela injecção do dinheiro do petróleo russo no mundo do futebol, através das compras directas de clubes ou de grupos de empresários que mais não são que testas de ferro de bilionários que, vai-se lá saber porquê, decidem "estragar" dinheiro com o a "bola". A mim cheira-me a dinheiro sujo e a fugas a impostos, disfarçados de paixões clubisticas e nacionalismos excêntricos. Seja como for, a febre já cá chegou. Diz-se que porque temos estado desportivamente em alta, eu digo que porque estamos financeiramente em baixa. Diz-se que porque somos evidentemente bons, eu afirmo que é porque somos evidentemente abertos a qualquer fonte de financiamento (no mínimo!), seja qual for a cor do dinheiro.
Como referi ao ínicio, esta já não é a 1ª febre de que sofre o mundo da bola, mas o preço destes vícios ciclicos está à vista. Que o digam clubes de papel como o Parma e o Marselha, que o digam Blackburn, Leeds e Fiorentina, que o digam todos os clubes alemães que sucumbiram ao tombar das televisões. Desta febre, agora na moda, emerge o Chelsea como bastião, mas já lhe seguem as pisadas Corinthians, CSKA e Lokomotiv, que por sua vez financiam os clubes a quem compram, como o Porto, o River, etc, etc. Não que não faça falta pelas bandas da Luz, que muita faz, mas gostava de ver o meu Benfica fora deste rol de clubes, que são adquiridos por bilionários. Não por pudor, falsa burguesia ou súbita ética. Apenas porque não me parece que esta roleta russa vá andar muito tempo, embora, enquanto roda e não roda, vá fazer muita gente tonta. Mas quando a viagem acaba, só anda mais quem tem outra moeda....

Um abraço,

Guifes

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