Fim de época = fim de era Scolari

Antes de mais, acho justo agradecermos ao Scolari o trabalho feito, nunca a selecção tinha tido tão bons resultados e de forma constante. O brasileiro uniu o país em torno de 23 pessoas que durante um mês nos faziam esquecer o mau estado ( péssimo Estado) que temos e durante um mês nos faziam acreditar que erámos bons em alguma coisa.
A era acabou em forma de desilusão. Agora que é “passado” é fácil analisar e tirar conclusões, mas a verdade é que desde o princípio do fim que tinha algumas coisas a dizer e ora cá vão:
As escolhas de Scolari: com toda a certeza qualquer um de nós escolheria 23 diferentes, conforme a pessoa, haveria mais umas dez selecções a apresentar, nesta a minha maior crítica vai para a escolha do Jorge Ribeiro que foi óbvio que não contava para nada, viu-se no jogo da Suiça em que nem jogou de inicio. Para criar mais rotina no Paulo Ferreira???? Não, digo eu. Foi mesmo pela má qualidade. Caneira fez muita falta.
Os jogos: a falta de atitude contra a Suiça preocupou muita gente, a mim não. Sei que nos costumamos empolgar contra equipas mais fortes. Contava com isso contra a Alemanha. Em jogo corrido, jogado, aquele que se vê na TV, fomos melhores ou iguais aos alemães. Naquele jogo que nos passa ao lado, as movimentações sem bola, os empurrões, o acompanhar o adversário falhámos e muito! O Paulo Ferreira não conseguiu acompanhar o sprint do Bastian e os centrais estavam em cima do Podolski.
No golo do Klose ele aparece sozinho, mas alguém reparou no gajo alto com cabelo à foda-se que abriu os braços a reclamar??? Não! Mas na repetição vista de cima vê-se bem esse gajo que se intitula o melhor do mundo a fazer um passe de bailarina enquanto o Klose agradecia. O Ricardo como sempre, manteve a nódoa que são os cruzamentos.
No terceiro golo......à manha de Ballack junta-se a inoperância de Paulo Ferreira e a nódoa que usa o número 1 na camisola. O resto, o resto foi bonzinho.
Conclusão: Faltou-nos aquele nº7 mágico que ao longo de uma década nos vez sonhar, nos embalou num sonho. Faltou-nos um Figo. Um verdadeiro vencedor. O 7 que estava em campo passa mais tempo nas revistas portuguesas do que a jogar pelas quinas. Não basta querer ser, não basta mostrar ser, há que o ser sempre e isso Ronaldo nunca terá. É fraco, está mal acompanhado por uma família que não tem educação para ser famosa, para ser pressionada. Se calhar nem o país todo tem. Não estamos preparados para tal pressão. Fico mais triste ainda porque se critica tanto as naturalizações e no fim os melhores jogadores da selecção, os que mais se empenharam são....................................................................brasileiros.
Deco e Pepe em grande.
Não vou dar notas individuais, porque perdemos todos e ganhamos todos, mas tenho de destacar ainda Petit, Ricardo Carvalho, o esforço defensivo de Simão (mesmo se em tantas alturas achei que está a mais no onze) e Nuno Gomes. O resto foi normal, mau mesmo só Ricardo, Miguel Veloso, Jorge Ribeiro, Quaresma e Ronaldo, Miguel.
Uma palavra para Paulo Ferreira. Não dá mais. Não sabe, não pode, logo não tem culpa de o meterem nestas andanças.
Venham de lá as férias e dois anos em que nem a selecção nos safa durante uns dias.
Para mim, o novo seleccionador devia ser português e só com um nome....Fernando Santos. Outros também serão bem vindos.
Fim de época! Venha de lá 2008/2009!

Abraços,

Trinta