terça-feira, abril 05, 2005

27ª Jornada

A jornada foi de constatações.

Depois de uma paragem do campeonato para empatar na Eslováquia, sem mazelas nem baixas(tirando o Maniche, mas esse já foi estragado!) o campeonato voltou. E com ele vieram as certezas do que já se sabia. O FC Porto não está nada bem, o Boavista não é nada bom, o Benfica continua no bom caminho e o Sporting encanta quando quer.

Começando por sábado à noite, foi realmente o melhor jogo que já vi uma equipa a fazer neste campeonato. Igual, só na Taça e mesmo aí, só durou 30 ou 40 minutos, e em Roterdão. Um Sporting de gala, a estilhaçar por completo o Boavista e a espalhar qualidade. Sem dúvida que Moutinho, Custódio, Viana, Rochemback, Carlos Martins, Tello e Barbosa formam um leque de opções fabuloso e de grande craveira. Destaco inclusivamente este último. Pedro Barbosa, qual Matt Le Tisser de Alvalade, só deve vir a ter direito no futuro, a uma fotografia tipo passe na galeria do que se convencionou chamar “Geração de Ouro”. Tenho pena que assim seja. É um jogador extraordinário, com uma qualidade muito acima da média de todos os outros que jogam na sua posição. Sejam eles do Sporting, do Campeonato, quiçá mais qualquer coisinha. Mas ficou por cá, e isso tem um preço. Voltando ao jogo, 4-0, viola no saco a ala que se faz tarde que quinta feira está já aí ao virar da esquina. Força Miudos e é ganhar a toda a força que eles não valem nada! Mas atenção...Souness só soube o que era ganhar em Alvalade (1-4 (Delfim; Poborsky, Deane, etc)e 1-2 (no jogo do Beto e do Michael Thomas).

Passando para o Dragão, o Porto resolveu que entre um Pitbull e um Conguito mais vale adocicar a equipa e descobriu o menino Ivanildo. Muito rápido, jogou bem, mas não conseguiu disfarçar nada do que o Porto é. Desconexo, sem pensar nem executar bem, o Porto ganhou num lance infeliz do guarda redes do Gil. Depois foi só esperar, à rasquinha (e com uma mãozinha...) pelo fim.

Na Luz, foi um sufoco. Mas nada de anormal. Afinal tem sido sempre assim practicamente em todos os jogos. Excelente arranque, não fossem os golos sofridos por erros primários, e a equipa a mostrar que está bem fisicamente e que se entende em campo. 1-0, depois 1-1, seguido de um 3-1 relâmpago e um 3-2 para acalmar. Meia hora. Bem bonito! Depois na segunda parte o Benfica começou por fazer aquilo para o qual recebeu instruções precisas de não repetir. 3-3. Depois foi sofrer até Mantorras aparecer no sitio certo. E foi a festa!

Individualmente destaco Trap, que ganhou o jogo no banco!

Destaque ainda para Nuno Assis, que continua a ser preponderante no pensar do jogo mas defende pouco, aspecto que tem de trabalhar, para Manuel Fernandes e Petit que estiveram menos bem no posicionamento, permitindo arranques do meio campo do Maritimo, mas fabulosos no apoio ao ataque e para Simão que continua a jogar muito bem (apesar de pubálgico ao que parece). Mantorras e Nuno Gomes, este por três vezes que só contaram duas, fizeram aquilo para que lhes pagam. Golos! E se Mantorras volta à séria, vamos lá a ver quem é o melhor avançado do campeonato. Para já, 3 golos em muito poucos minutos!

Não me esqueço no entanto de realçar que o Maritimo se viu forçado a fazer três substituições, todas por problemas musculares (ou seja, exógenos ao Benfica). A não ser assim, quem sabe. Ah, e Pena, esteve em grande!

Seis pontos, sete jogos para o fim! Vamos embora Benfica! O topo da montanha é em Vila do Conde! Isto no sentido de ser a etapa mais difícil, não de que a partir daí vai ser sempre a cair....espero eu!

Destaco ainda Académica em grande, Luís Campos e Vitor Oliveira no Fundo, Jaime Pacheco e o seu exército de baldes de merda com o respectivo mau perder, e o Conselho de Arbitragem e toda a trampa que para ali vai.

Sem ser bola, destaque para o nascimento do filho do Taga (Força Rafa!). Muitos parabéns!!! Sim, porque temos de pensar que por cada um que parte, muitos chegam. Haja o culto da alegria, da felicidade, da amizade, do amor, da compaixão, da solidariedade na mesma medida e dá-se de comer a muita gente. É que, meus amigos, por muito que respeite (e respeito!) o Papa, tanto na pessoa de Karol Wojtila como no cargo de Chefe da Igreja, acho que todo o folclore mediático já há muito extravazou o necessário e compreensível, já ultrapassou o excepcional e único, para estar agora no desmesurado e exploratório.

Um abraço,

Guifes

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