terça-feira, outubro 02, 2007

6ª Jornada - SLB-SCP

Um derby é sempre incontornável, mesmo quando só se fala pelo que se ouve nas palavras dos outros e se vê só o que nos querem mostrar.

Para mim o Benfica-Sporting foi um jogo dividido em que ninguém surpreendeu e em que a melhor equipa, para mim o Sporting, não conseguiu demonstrar em campo que realmente o é.

Isto porque o Sporting, com muito mais rodagem, não conseguiu encostar o Benfica, espremê-lo e tomar vantagem da falta de rotinas de entre jogadores e sectores, nomeadamente o centro defensivo do Benfica, que estreava (!!!!) o 4 Luisão- Edcarlos- Katsouranis-Rui Costa. Bom exemplo prático do que é supremacia foi o que nos aconteceu em Milão onde as rotinas ofensivas dos italianos foram demasiado fortes para a frágil equipa que se lhes opôs.

Não quero com isto desresponsabilizar o Benfica que na Luz terá de ser sempre o líder e procurar a vitória, mas a verdade é esta e é facto. O melhor Sporting de Paulo Bento teria sido avassalador contra este esquema/equipa. Já este Sporting foi sempre ou Romagnoli ou Moutinho com umas pitadas de Vukcevic e uns tímidos remates de M. Veloso. E é nestes argumentos que baseio a conclusão que foi muito mais um ponto ganho pelo Benfica que dois perdidos.

Quanto às oportunidades perdidas, dir-se-ia impensável que num Benfica-Sporting não as tivessem os dois, mesmo em dia em que ninguém marca, mais não seja porque no fundo ambos querem ganhar e isso (felizmente) fragiliza as defesas.

Por fim, os penalties. Sinceramente, acho que era um acidente à espera de acontecer. Não responsabilizo ninguém sem ser o árbitro (responsável pela equipa de arbitragem) pelos erros que comete. Mas há atenuantes e agravantes.
Não se pode ser inocente e pensar que o Sr. Henriques não viu lance nenhum. Para mim ele que optou por, pura e simplesmente, não assinalar penalties. Aliás, acho que é isso que, já no perto do fim do jogo, faz Moutinho rasteirar Adu…”Ele hoje não marca.” E não marcou. E esta atitude, por mais galante e “fair play oriented” é uma enorme agravante. Há regras. Mão na bola, ainda mais corroborada pelo auxiliar, é penalty. Rasteira é penalty. Não assinalar é erro.
Quanto às atenuantes, diria que estar a ouvir durante a semana, toda a gente no Sporting, do Presidente aos jogadores passando por Paulo Bento, a falar nos erros do árbitro, no árbitro e no árbitro, no mínimo, não ajuda. Era demasiado previsível perceber que qualquer falta, erro técnico, disciplinar, e muito mais, qualquer erro grave seria o despoletar de uma cruzada contra critérios e mistérios. E, digo eu, se usassem esse tempo para pensar, jogar e treinar futebol talvez fosse melhor empregue e mais frutífero em golos e resultados. Em Alvalade este ano, na Luz no ano passado. Aliás, em tom de provocação, atrevo-me a dizer que de LFV para FSF só muda a correcção no português e o preço do fato.

Concluo dizendo que o Benfica tem muito caminhos a percorrer para se afirmar como candidato seja ao que for e que, de tão tenrinho ser, ainda vai dar muitos dissabores antes de dar algumas alegrias. Com o Shaktar, acho que a coisa não vai correr nada bem.

O onze: Quim, Nelson, Luisão, David Luiz, Leo, Petit, Katso, Rui Costa, DiMaria, Adu e Cardozo.
Um grande abraço,
Guifes

Obrigado pela festa António!

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