segunda-feira, setembro 29, 2008

Derby

Duas ou três vezes nos últimos cinquenta anos, provavelmente nem isso, terão sido as vezes em que o resultado directo entre Benfica e Sporting decidiu o título ou mesmo a atribuição de um lugar em vez de outro. Certamente mais vezes, mas mesmo assim menos que o desejável, terá sido este confronto relevante para a distância entre ambos os conjuntos. O mesmo é verdade, embora cada vez menos, se falarmos no “campeonato a 3”.
Isto para dizer que o que o Benfica ganhou foram 3 pontos, e que o facto de estar a um ponto dos da frente se deve aos dois pontos, esses sim perdidos, em Vila do Conde. Visto de outra forma, o Sporting “só” está à frente porque ganhou a Braga, Trofense e Belém.
Toda esta verdade numérica, tão pragmática quanto absoluta, tão factual quanto vista e revista, para dizer que o Campeonato começa agora, que os “grandes” estão despachados.

A análise ao jogo, visto pelos olhos de quem (só) viu todos os resumos possíveis cinge-se à ideia que os ausentes do Sporting fizeram mais falta que os do Benfica. Suazo e Luisão foram muito bem substituídos enquanto Izmailov (mais) e Vuk não deram aos onze e banco leonino a capacidade de responder à letra ao que Quique ia fazendo.
Dir-se-ia que o jogo foi decidido pela capacidade individual de Reyes, Sidnei, Carlos Martins, Yannick, Polga, Rochemback e Abel, positiva e negativamente, mas a minha verdade é que no jogo de xadrez táctico o Benfica dispôs de mais peças e aproveitou-se disso.
Nota muito positiva para Quique e Sidnei, positiva para Reyes pelo golo e negativa para Amorim, que provavelmente perdeu esta oportunidade.
Nota muito positiva também para o árbitro que quanto a mim, não cometeu erros, nomeadamente no lance de Yebda sobre Postiga. Acho que é o francês que agarra o Postiga e depois o Postiga não se fica. Mas isto do jogador da bola é um bicho “muita manhoso”.

Um enorme abraço,
Guifes

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