terça-feira, setembro 02, 2008

2ª Jornada - Liga Sagres

Leão pouco mandão, mas sabichão…


Foi um jogo de contrastes.
Não foi bem jogado, mas foi um jogo bem disputado. Fraco na componente técnica, mas muito rico na vertente táctica.

Patrício; Abel, Tonel, Caneira, Grimi; Moutinho; Rochemback, Izmailov, Romagnoli; Derlei e Postiga; entraram em campo determinados e de dentes cerrados, na procura do primeiro lugar, que já nem me lembro quando lá estiveram pela última vez. Pressão alta, mobilidade estonteante, sentido posicional apesar das trocas constantes, um sistema táctico assimilado, e uma inter ajuda soberba, estiveram na base deste triunfo, que veio repor a confiança perdida em Madrid, a meio da semana.

Primeira jogada e primeiro golo. Soberbo Abel na velocidade e na procura de espaço, uma visão de Derlei, um recorte técnico digno de registo por parte do lateral e o oportunista Postiga a facturar o 1º golo pelos leões, após desmarcação na pequena área. 1º golo e primeiros 3 pontos rendidos à custa do homem que veio das Caxinas.

Depois o Braga, tentou subir mais e o SCP aceitou esse domínio territorial, numa luta muito intensa e física entre triângulos, onde os criativos deram a batuta aos “carregadores de piano”. Mas quando se tem um Moutinho a carregar um piano, ou um Rochemback, e ainda um Izmailov, impressionante a ajuda e a disciplina táctica deste russo, está tudo dito. Os “trabalhadores” leoninos são da mais fina porcelana.

O Braga dominou a posse de bola na 2ª parte, mas o SCP nunca perdeu o controlo do jogo. Soube sofrer, e contra atacar com veneno. Soube mais que tudo estabelecer o ritmo do jogo. Que tem a bola domina o jogo, mas quem conduz o ritmo deste, controla-o. O que mais apreciei foi a maturidade de uma jovem equipa, sabendo na perfeição o que fazer e quando o fazer, controlando todos os momentos do jogo. O que não gostei, é o excesso de “chutões” para a frente, quando a pressão adversaria apertava mais o cerco. Deve ser sintoma, de quem viu Figo, Balakov, Silas e afins no velhinho Alvalade. Agora que se controla o jogo, deve-se partir para o up-grade, que é dominá-lo. Temos também a noção, que para ser campeão, há que ganhar jogos desta forma, e vencer em Braga não é para todos…

Destaque para Abel e Tonel na defensiva. Todo o meio campo foi generoso na ajuda e sábio no controlo deste jogo, enquanto os avançados são os primeiros defesas e sempre dispostos a sentenciar o jogo, com destaque especial para Postiga, com Jorge Nuno a vê-lo da bancada, no seu segundo estádio.

Temos equipa, não somos ainda campeões de nada (a não ser das Supertaças de Futebol e Futsal), mas queremos ser…e o caminho é este…

O clássico da Luz, valeu pelo “diabo” que se passou da cabeça e quis apertar o papo ao fiscal de linha (q tristeza…o medico tinha prescrito a ida ao futebol para carpir as magoas, mas não era preciso tanto) e pelo médico de SLB, que foi o elemento do plantel encarnado, que mais correu em campo para socorrer as carências físicas dos jogadores.

Foi um bom empate para todos. Para o SCP, por razões obvias, para o SLB porque não tinham força para mais (agradeçam ao Helton) e para o FCP (agradeçam ao Katso), porque apesar de dominarem, um empate perante um rival e na casa deste é sempre bom.

Abraços,

H

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