terça-feira, outubro 04, 2005

7ª Jornada

1- Benfica 2 Guimarães 1. Gostei.

Devo ter sido dos poucos que gostou do jogo do Benfica, Koeman inclusive. Aliás, para ser 100% sincero, gostei do jogo no global. Trap então, teria adorado!

Com um começo personalizado, que começa a ser imagem de marca de Koeman, o Benfica atirou-se a um Guimarães que preferiu tentar adormecer o jogo a jogá-lo como veio a demonstrar que sabia. Correu mal e deu 1-0 por Miccoli. Depois foi a reacção. E que reacção...Pacheco não permitiu molezas e fez imprimir um ritmo tremendo à sua equipa, com Benachour, Neca e especialmente Targínio em destaque. O Benfica aguentou a primeira leva, tremeu na segunda (assim como o travessão) e à terceira ou quarta onda de vimaranenses que roubavam bolas a meio campo, marcando muito em cima Manuel Fernandes e Petit (nem os deixavam virar!), deu-se o golo do empate. O Benfica ainda esboçou uma reacção mas o Guimarães, de novo na toada do "queimar tempo", fez chegar o intervalo.

No 2º tempo três factores decisivos. Um, a subida de rendimento da dupla Leo e Simão, dois, a quebra física do Guimarães, cada vez mais apostada em contra atacar em vez de assumir, e três, as substituições de Pacheco, tirando Neca e Targínio, até então dois dos melhores três jogadores do Vitória (se calhar lesionados, não sei...).

A verdade é que o Benfica a partir daí controlou o meio campo, Manel e Petit subiram de produção, as ocasiões começaram a surgir e o golo (com sorte) acabou por aparecer. E depois o Guimarães já não tinha nem arte nem pernas para a remontada. Mas deu sempre, sempre luta, especialmente a meio campo (todas as bolas, todos os lances).

Destaques para o já referenciado Leo, que fez um jogão tactica e tecnicamente (as recepções de bola fazem inveja a muito avançado de Amarante), para a dupla Manel e Petit que reeditou tantas exibições da era Trap (mais em força que em jeito, mas humildemente e sempre sem desistir!) e para Luisão que fez de tudo para tentar manter a calma quando surgiu o 1-1 e o 2-1! Negativamente relevo (mas pouquinho...) Karagounis, que se tentou mostrar da forma errada, ou seja, em dribles e incursões pelo meio quando o que se pedia a um jogador da sua craveira/idade/experiência era que pautasse o jogo, Geovanni, que está fora de forma e Mantorras que tem de correr mais a defender. Uma nota para Simão, no melhor da produtividade atacante e no pior da defesa (aquela falta aos 93m, completamente desnecessária!). Do Guimarães destaco Targínio. Tive a oportunidade de lho dizer pessoalmente da bancada.

Boa arbitragem (fora uns amarelos) e boa casa..para aí 30 mil.

2- Marítimo 2 Porto 2 e P. Ferreira 3 Sporting 0. Gostei.

Mais que tudo gostei porque é notório que começámos demasiado mal para renegar a qualquer pontinho perdido pela concorrência. A análise aos jogos, infelizmente, é menos precisa, porque apenas vi excertos.
Do que vi do Sporting (uns 30 minutos da 2ª Parte) vi uma equipa apática mas a trocar bem a bola e a criar imensos problemas a um Paços que só tinha uma jogada que invariavelmente, resultava sempre (bola no avançado que recuava, passa para o médio centro que coloca num extremo que corre que nem um louco e tenta centrar). Ah, e não consigo deixar de dizer que não me canso de ver o Moutinho jogar à bola. Que regalo. Ao mundial Já!
Do FC Porto ainda vi menos mas no relato ouvi as frases "penalty não assinalado", "golo mal anulado", "muita sorte" e "completamente dominados na 1ª parte". Depois na 2ª viraram tudo, o Marítimo foi indisciplinado (ter um jogador expulso por cuspir e outro por comemorar, é obra!), teve sorte no 2º golo e em não sofrer o terceiro. Mas pronto. Empataram, menos mal.

Venha o clássico do Dragão.

3- Notas finais para o Chelsea, para a Juve, imparáveis, e para o Villareal, cada vez melhor (ai...!) .

Um abraço,
Guifes

1 comentário:

Anónimo disse...

O Benfica desta jornada foi um espelho do que tem sido o Benfica de Koeman e provavelmente (teimoso como é) o que será o Benfica de Koeman até ao final (será que coincide com o final do campeonato?): uma equipa com personalidade e atitude de início, sabendo bem cada jogador o que tem de fazer, mas que se perde ao longo do jogo, muito pouco flexível a alterações tácticas do adversário (sejam elas positivas ou negativas).
Há que reconhecer que o Koeman até consegue montar bem a equipa (embora nem sempre escolha os melhores jogadores), com um esquema táctico que se molda à equipa adversária e que se aproveita da desorientação que possa surgir ao nível defensivo (especialmente no início do jogo.) Há que reconhecer tb que o Benfica de Koeman é mais ofensivo e "rápido" que o de Trap (mas menos é quase impossível...).
Contudo, a partir do momento em que o adversário ultrapassa a fase de desorientação inicial ou que o seu treinador visualiza os pontos fracos do Benfica, é a hecatombe... a equipa recua, o Miccoli fica sozinho lá à frente sem conseguir apanhar uma bola, os defesas e os trincos não chegam para as encomendas (pois 4 jogadores do Benfica nunca defendem.. apesar de tb não conseguirem atacar) e é ver as bolas a passarem ao pé do Moreira e tremer muito. Mas é sempre engraçado ver a figura do Koeman (impávido e sereno, o que provoca em mim ainda mais nervos do que o próprio jogo), em pé a pensar na vida, no que deve ter deixado na Holanda ou no Barcelona... pois só pode estar a pensar em tudo menos no jogo, visto que as reacções dele demoram quase 1 hora.. e, quase sempre, é pior a emenda que o soneto. Como é que ele deixa o Geovanni mais de 1 hora em campo?!?! No mínimo, era substituí-lo ao intervalo. (Tal como deixou o Beto 80 minutos contra o Manchester?!?)
Sinceramente, não tenho muita fé neste Benfica, apesar de até reconhecer ter mais qualidade que o do ano passado.. talvez, se o Porto e o Sporting estiverem ao nível do ano passado (felizmente, os indícios são muitos)