terça-feira, março 14, 2006

26ª Jornada

Benfica - 0 Naval - 0

Curto. 0-0. Pouco a dizer.

Fui lá ver aquilo, e não é preciso ter grande olho técnico para perceber que, quem espera ter estrelinha de campeão durante 55 minutos e só acorda para a vida quando se vê a jogar com mais um, não pode ganhar o jogo, por mais avassaladores que esses 35 minutos sejam. Mereciamos ganhar? Óbvio. Mas não há pontos para o devia... Notas positivas para Simão, a subir de forma, Leo, sempre bem, e para Beto, que fez um jogão. Negativas, sublinhada, para Moretto- mãos-de-manteiga, Nelson, que está fora de forma e para Laurent Robert, que disse numa recente entrevista que se está a habituar bem a Lisboa, onde só tem de correr para chegar primeiro à marca dos livres que o Simão.
O Sporting está trapatonico. P. Bento fez da equipa o que ele era como jogador e chega a 8 jogos do fim a depender de si mesmo. João Moutinho voltou ao que era, C.Martins, Custódio e Sá Pinto estão muito bem e a defesa é muito equilibrada. E é verdade, até Liedson defende...quem diria!
O Porto está igualmente muito forte, com Quaresma, Adriano, Lucho, Pepe e mais uns quantos a liderarem.
Quanto ao campeonato, ficamos a ver navios, graças à Naval, vendo de longe a luta entre os outros dois grandes. Parabéns. Já não acho que consigamos lá chegar.
Falta obviamente a Taça, que vou ver amanhã com o Súcia, e esse Barcelona, que todos sonhamos eliminar.
Notas finais: Um, para a má gestão do plantel de Koeman. Ao dispensar João Pereira e dos Santos em janeiro, e sem "absorver" Fonte, ficou com seis defesas. Com três lesionados, quero ver como se arranja amanhã contra o Guimarães. Já agora, porquê Moretto, Marcel e Robert não Quim, Mantorras e Hélio Roque? Dois, para esse enorme erro hereditário que é o agora regente Filipe Soares Franco. Na monarquia Sporting, o trono passou para outra linhagem, mais matreira, menos clara, mais populista. Este espectáculo do "vende património para depois comprar", da falência em que o ex-presidente não acredita, do denegrir o vizinho para ser popularucho, da renovação do astro em momento de poupança (ainda assim, a mais compreensível de todas as decisões), da assembleia antes das eleições, do tão óbvio "ou eu ou o caos", as manchetes e entrevistas diàrias de "governo" e "oposição" é realmente a descida do elevado estatuto directivo leonino, que Roquette legou ao Sporting, para o baixo nível nacional. Que desilusão.
Um abraço,
Guifes

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